As luzes trêmulas do ônibus finalmente romperam a escuridão, e quando o veículo parou não era o seu ônibus.
E no silêncio abafado da meia-noite, Carlos encostava-se ao poste enferrujado da parada de ônibus, sentindo o vento gelado cortando sua pele. A cidade, envolta numa quietude quase sufocante, parecia esquecida pelo tempo. Ele olhava para o relógio de pulso, os ponteiros avançando lentamente como se zombassem de suas ansiedades. Mais uma noite de espera. O ônibus viria, como sempre. Mas, naquela madrugada estranhamente densa, uma sensação incômoda começou a surgir, como um murmúrio distante que ele não conseguia ignorar.
Quando o veículo finalmente parou diante dele, com as luzes amareladas oscilando, Carlos sentiu algo inquietante se mover no fundo de sua mente, uma memória difusa que ele não conseguia alcançar. Ao entrar no ônibus e escolher seu lugar habitual, algo parecia fora de lugar — uma repetição sutil, um eco de algo vivido.
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